18 de dezembro de 2012

sem dia.

Guardo ao tempo um respeito profundo. tão profundo que de medo, em vez de respeito, lhe podia chamar.
Agrada-me não o saber decor.
Agrada-me olhar para um relógio sem ver, absolutamente mais nada que não a beleza dos ponteiros, ou a caligrafia bonita dos números.
Nunca me interessei em aprender a ver as horas porque, sabendo-o, negar que o tempo passa seria impossivel.
Eu conto os meus dias por estórias. Não em segundos, minutos ou horas.
Cada um dos meus dias é uma jornada de vida, um capítulo.
E a minha pele há de ser as páginas em que - às estórias e aos dias - decidi cravar.

Os meus anos, o meu tempo de vida, conta-se pelas palavras que em mim já escrevi. ou que escreveram por mim.

1 comentário:

  1. Ando a ler a tuas palavras, constantemente assertivas em instantes distintos.
    Ando a revirar as tuas expressões, os pensamentos tão teus que aqui nos brindas. E em cada dia os meus olhos bebem palavras que apagam a secura.
    Já te disse que quando for grande quero ser como tu?

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amanhã talvez não