18 de dezembro de 2012

o fim da estória vai sempre para lá do ponto final.


o nosso maior erro é, quase sempre, desistir antes do fim.
erramos, repetidamente, ao não acreditarmos nas estórias dos nossos dias, nas estórias que por serem nossas nos parecem tão propícias a nunca merecerem conhecer um final feliz.
deixamos que se percam pelos caminhos das ruas que percorremos rotineiramente durante a semana, nos lugares por onde paramos e nos vamos escrevendo. perdemos as maiores estórias porque não lhes permitimos, sequer, sobreviver.
daqui a uns anos, quando formos velhos o suficiente para só poder voltar a estes tais lugares de memória que deixámos ficar no passado, vamos recordar com rancor o quão cobardes fomos por incredulidade.
é esse o nosso maior pecado. somos crédulos da nossa carne. desvalorizamos o valor dos nossos segundos.
entregamos o crédito aos trauseantes que connosco vão cruzando caminhos. algumas encruzilhadas, alguns entrocamentos, nunca para nós aceitamos retas.

o nosso maior erro é, quase sempre, desistir antes do fim por nunca chegar a acreditar. o nosso maior erro é nunca oferecer às coisas o fim que merecem. o nosso maior erro é não nos apercebermos dos momentos em que somos infinitos.

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