4 de setembro de 2013

crise de segunda década

em primeiro lugar é de se dizer que estou para desistir deste blog e rumar a um wordpress ou a outro tipo de webjournal onde as pessoas que lêem o que escrevemos comentam e se manifestam. assim, sinto-me a escrever para fantasmas cyberborgues. algoritmos e pouco mais. há humanos desse lado?

eu diria que foram os 20 anos que fizeram de mim uma pessoa mais queixosa, mas estaria a mentir. no entanto, foram realmente os 20 que fizeram de mim uma pessoa mais exigente, e como mais exigente que me sinto decidi que já não tenho idade para andar a brincar com a semântica de um lado para a o outro e a maltratar a ortografia de parágrafo em parágrafo. 
onde é que está a Tatiana que sabe escrever em português?
em primeiro lugar, é este a minha grande queixa. 
Tatiana não me soa como deveria, não me inspira a comprar o livro nem o bilhete da peça. Neves Rocha, por outro lado, já me apoquenta qualquer coisa na alma. dessa forma, estou a mudar de identidade Maria. 

2 comentários:

  1. não te percas. caso aconteça, vou ter de correr atrás e sabes bem que já não tenho idade para isso. portanto, ai de ti que fujas.
    deixo-te renegar Tatiana só porque também já reneguei o meu querido Antunes.

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  2. exigente sim. curiosa. questionas tudo. interrogas o nada contado em histórias. dás-lhe sentido. aprendi contigo que o nada é/pode ser tudo. posso ser uma rolha, um filme mudo, um deambulo mas gosto quando me embrenhas nessas exigências,..não, queixas mesmo.
    não sei porquê, ou sei, sei que não gosto da sensação que a frase "mudar de identidade" me dá. quero que Neves Rocha te apoquente a alma para ires mais além, continuares a quebrar com o "normal" (maldita palavra!), contares (apaixonada) as tuas histórias e salvares aquelas que outros arruinaram. não mudes. reforça-te. prefiro. quero que sejas simplesmente tu Tatiana.
    este fantasma tirou o seu lençol de cima e murmurou bem alto!
    quero continuar a ler (te) histórias e pensamentos. sinto-me menos perdida neste mundo de "nadas normais".

    marta d. ferreira

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