20 de março de 2010

Chama-me.



Reparei que as minhas coisas não saem do sitio. Estão sempre quietinhas, não se mexem, não se movem, não tentam ir embora.
Parecem-me tão frias, assim imobilizadas, assim congeladas sempre na mesma posição.
As pessoas são para mim como estas coisas. Depois de se entranharem no meu peito ficam lá assim, quietinhas.

Está cinzento o céu,
tão escuro,
tão porco,
é a imundice da saudade que sinto,

Estão molhadas as ruas,
vomitam gotas,
rasgam o asfalto,
é a perda do meu amor por ti,

Estão a dormir eu,
sozinha no recanto perdido,
perdi-me de ti,
e o céu agora está escuro.

1 comentário:

  1. lá se foi a pulseira que tanto gostavas (tenho de te dar outra)

    O convite já aceitaste, já respondi.
    a 'ela' da passadeira era a Mónica Pinto.


    Sabe bem ter-te de volta (')

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amanhã talvez não