8 de junho de 2010

quatro pontinhos

E se sonhar mais do que aquilo que o teu corpo pode dar?
E se os beijos e os abraços inocentes já não saciarem a minha pele?
Continuarás a ser o mesmo?
Questiono-me se te sabes a minha goluseima preferida. Se consegues ver nos cantos da minha boca os restos de açucar das que comi para não pensar no teu sabor.
Sinto-me desajeitada, pequenina, perto de ti. Sinto-me errada na certeza de que nunca me senti melhor.
Será que vês, nos meus olhos de leopardo, os contornos do teu rosto embelezados pelo meu desejo, a fome que me consome pelo teu corpo, a doença que me invade por te ser fiel sem compromisso.
E se, e se...
E se pensares como eu?
Será que continuarei a ser a mesma?

Promete-me que seremos os mesmos, de lábios corrompidos, de corpos suados, sem os olhos fechados.

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