Estás numa tentativa de apagar todos os vestigios de mim. Não te mordi o coração, por isso.Não gostava de pessoas. Continuo a não gostar, para mim eras uma coisa. Agora dizes ser uma pessoa.
És uma pessoa de outrém.
Enquanto coisa, não precisavas de falas enganosas nem sorrisos forçados.
Eras uma coisa. A coisa. Eras a Ela.
Agora também não preciso que recebas a minha passagem (agora mais pesada do que nunca) com um sorriso de bom dia. Esse sorriso tenho-o eu, guardado.
Quando voltares a ser coisa, avisa.
Eu não tenciono tornar-me numa pessoa.
23 de Setembro de 2010, Maria Carvalho
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