queria que tivesses conhecido o homem do comboio.
faz-me lembrar aqueles desenhos que eu vou fazendo, quando nos sentamos da mesa dos amores para os só ver passar.
no outro dia, pensei em levantar-me e deixar-lhe um pedaço de papel rasgado no lugar onde, já escrevinhado a azul, lhe deixaria a seguinte mensagem: "vi-te olhares-me para a alma. descobriste-lhe a cor?"
ai vinte e sete, que engraçado seria se ele soubesse adivinhar a verdade.
diz-lhe - ao homem do comboio - que já viajámos noutros comboios, para outros destinos, vindas de outras terras e que, outros como ele, de rugas vincadas nos olhos, chegaram a conhecer a cor. diz-lhe tu e tudo isso, porque eu, e como tu bem sabes, fico cega de palavras quando assim tem de ser.
achas que se fosse eu a fazê-lo, ele ficaria perturbado ? eu acho teresa .
ResponderEliminarna próxima viagem que fizermos em direcção a uma das nossas terras, leva o papel no bolso, quero comprovar se sou a única a ter-te como roxa.
ler a alma é algo de respeito, é necessário uma benevolente submissão, não embutida numa qualquer entidade auto-satírica desconhecedora de si
ResponderEliminar