14 de março de 2012

em modo de retrato tingido

Olá, gostava de me apresentar.
Quero que me conheças, amor. Não temos de te fazer sempre a vontade a ti, sabes que eu também tenho desejos - também têm de ser concretizados.
Amanhã quero que me leves a comer comida chinesa, sim, pago eu, já não me importo com galanteios cavaleirescos - porque já não existem, claro, amor, se ainda fossem tempos, adorava e deixava-te fazê-lo. Mas amanhã, quando eles já não existem, pago eu. Gosto muito de comida chinesa, é a única que não consigo cozinhar melhor do que o que nos servem nos restaurantes.
Sabes que tenho gostos estranhos, hoje andei de tacão mas amanhã as all star voltarão, não te preocupes. Nunca serei senhora de mais, amor, sim. Não vale sequer a pena falares nisso. É um receio sem fundo, garanto.

Sim, isso também é verdade. Eu perco-me muitas vezes do que dizes para só te ver mexer os lábios, gosto muito deles - não leves a mal, é só por isso. Se não fosses tão bonito ouvia-te sempre. E cansava-me mais depressa. Portanto, amor, não te apoquentes, se não te ouço é só porque o meu desejo em te ter daqui a uma semana é maior do que a curiosidade de te conhecer inteiro hoje.

Boa noite, amor. Vou-me deitar, hoje sim, por favor. Porque é que te tem de doer sempre a cabeça? Vá lá, já te disse, não podemos satisfazer sempre só as tuas vontades.
E eu hoje quero, tal como ontem e para a semana quererei de novo, de outro modo, porque não te teria eu ouvido à bocado?

Com amor, amor, Teresa.

1 comentário:

  1. meu amor , sinto-me no direito de te chamar meu amor, não quero nunca perder isso.
    hoje, não quero perder mais amores, estou a deixar de me sentir no direito de saber amar. é fodido.
    só queria um sorriso como o do Duarte, para mim.

    prometo que te levo a comer comida chinesa , sem matar nenhum chinês que lá trabalhe.
    com amor, 27 .

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amanhã talvez não