18 de março de 2010

Com amor, Tatiana

Quero, saber demais e nunca saber de menos.

O meu quarto está desarrumado. Enterrado, literalmente soterrado pelas roupas semi-porcas que já usei nesta e na semana anterior.
Ainda não chegamos ao ponto do cheiro nauseabundo mas já falta pouco, eu sei que já falta pouco.
Deixo o quarto assim, desarrumado, para não me lembrar de nada. Para não ter as ideias arrumadas no sitio e assim nunca as encontrar - mesmo que queira. Se as vir, bem sei que é porque tinha de ser. (é que está tão desarrumado que encontrá-las só mesmo por acaso)

O meu quarto está desarrumado e nada me importa, em nada me incomóda que assim esteja.
Gosto de bagunça, gosto da confusão, gosto da balburdia. Gosto de tudo o que não é ordem para que não me lembre de quando tudo estava perfeito, para que não me lembro de quando estava no seu devido lugar.

O meu quarto está desarrumado e eu continuo a saber onde estás. És das únicas coisas que eu sei sempre onde está - é que o teu lugar é comigo e a cabeça, como permanece agarrada, ainda não a perdi.

Parabéns Mulher Pequenina, gosto muito de ti.

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