8 de outubro de 2010

coisas minhas.

a ridicularidade das tuas palavras diverte-me. diverte-me como tu, de um momento para o outro, consegues transformar máximas em declarações falaciosas uni pessoais. é fantástico esse teu poder.
existe uma sinestesia expressa em cada uma dessas tuas pequenas manipulações, se me permites dizê-lo - é que não te tento ofender de maneira nenhuma. mas sabes, é inequivoco que os factos habitam na minha cama, comem da minha comida e pela minha boca respiram. é inevitável que a razão me conheça siamesa, neste nosso segredo.
és singular em tantos aspectos que todas as tuas perspectivas plurais se transformam, de um modo tanto ou quanto metáforico, em movimentos convergentes de erro. sim, a maior parte dos teus pensamentos convergem, não conhecem as certezas da dúvida e, por certo, jamais terás comido os petiscos de quem arrisca. tenho pena, ou talvez não, não te sei dizer ao certo.

a falta de atenção que te corroí as veias é motivo para que uns quantos abraços se lancem ao teu alcance, é propósito para que tenhas tocado lábios que te eram proíbidos, é suficiente para que toques no que é meu, por direito.
sim, isto é uma ameaça, e sim, deixa-me que te avise eufemisando o máximo possivel: não te metas com coisas minhas. fica-te pelas tuas pessoas.  - é mais seguro para o fluxo contínuo dessa tua sucção de ar, rarefeito. 

1 comentário:

  1. GOSTO.

    obrigada por nunca teres deixado de ser coisa.
    eu sou coisa . nao tenho intenções de a juntar à nossa caixinha de coisas .

    ResponderEliminar

amanhã talvez não